sexta-feira, 25 de junho de 2010

Uma Breve Introdução ao RPG

Legenda:
NPC- Personagens não Jogadores
Pjs- Personagens Jogadores
Mestre- Narrador e juíz da historia

O que é?
É jogo que se baseia em uma história narrada por um mestre que não é necessário ter um fim, e o que importa é a ação de todos em prol de um objetivo comum. No desenvolver dessa história temos personagens jogadores e personagens do mestre. Os personagens do mestre são chamados de NPCs. Eles servem para passar alguma informação aos Pjs ou para enriquecer a história.
A história pode ser uma aventura de capa espada ou até mesmo uma aventura no nosso tempo atual. Qualquer tema pode ser abordado para esse jogo.
Por exemplo: Uma aula de 7ª série que os professores querem fazer uma atividade interdisciplinar. Seria possível trabalhar a geografia para a ambientação de sua história, conteúdos de língua portuguesa para charadas ou outros, enigmas matemáticos, conhecimentos de ciências, literatura, artes, física e história.
A ideia é trabalhar conteúdos procedimentais de uma maneira mais divertida e criativa.

Ex: Em uma sala temos números de 1 a 10 no chão, e uma voz fala quando os Pjs entram na sala: Sou um tipo de número que ao dividir-me por dois não deixo resto. Quem sou eu? Então os jogadores após resolver o enigma pisarão apenas nos números pares superando assim o desafio proposto. (trabalhando no conjunto dos números inteiros)

É possível fazer ficha de personagem com os alunos de modo a aprimorar ela com o decorrer das aulas-aventuras adquirindo experiência. Isso incentiva o aluno a aprimorar sua ficha a fim de ser mais forte ou ser mais inteligente a medida que o jogo vai ficando mais complicado.

Conteúdos Procedimentais - Didática

O Templo dos Cinco Sentidos

Introdução
Tudo anda bem no pais dos vegetais. Os Aipins estão brincando com as beterrabas, os chuchus estão tomando banho de sol e todos estão vivendo suas vidas normalmente, até que um dia o céu escurece e o rei Brócolis Terceiro convoca o povo para um pronunciado.

Todos os vegetais se dirigem ate em baixo da sacada do rei para ouvi-lo:

- Meu povo, estamos cozidos, fritos ou refogados! Nossas sementes não estão germinando como deveriam e apenas uma pessoa poderá nos ajudar, porém essa pessoa foi aprisionada pelo gigante do templo dos cinco sentidos e preciso de cinco voluntários para resgatá-lo e trazê-lo ao pais dos vegetais. Caso o contrário todos viraremos sopa. Além de ir até o gigante e salvar esta pessoa é necessário superar os desafios do templo. Portanto vamos a luta.
Na manhã seguinte os cinco voluntários se apresentam ao rei.
O rei lhes diz onde mora o gigante e então eles partem.

Quando chegam ao gigante ele pergunta:
- Quem invade meus domínios e perturba meu sono? (os PJs = Personagens Jogadores, falam com o gigante)
- Para que eu lhes deixe entrar no templo vocês primeiro terão que acertar minhas charadas. Se acertarem, deixo que passem. 

Charada 1
É meu, mas os outros usam mais do que eu, o que é? 
Resposta: Meu nome. 

Charada 2
São 3 irmãos, o mais velho já se foi o do meio está conosco e o caçula não nasceu?
Resposta: Passado, Presente e Futuro 
Logo após isso os PJs seguem para dentro do tempo. 

Entrando no Templo
O templo é de mármore branco com cinco colunas altas formando o cruzeiro do sul, todas as colunas tinham símbolos representando os cinco sentidos. Olhos para a visão, Orelhas para audição, Nariz para o olfato, Boca para paladar e Mãos para o tato. Cada coluna apontava para uma sala, nestas salas eles terão que descobrir as pistas para descobrir o nome da pessoa que irá salvar o pais dos vegetais. Contudo não há muito tempo disponível, então nossos heróis terão que se dividir.  

Visão
Na sala da visão o enigma a ser descoberto é o seguinte:
- Como se sente um morador de periferia de uma grande cidade com o modo como os policias o abordam muitas vezes? A segunda letra é “P”
(oprimido) 


Audição

Na sala da audição o enigma a ser descoberto é seguinte:
Complete a lacuna desta música: O trem maluco quando sai de .................... vai fazendo chic-chic até chegar ao Piauí. A primeira letra é “P”
(Pernambuco) 
  
Olfato
Na sala do olfato o enigma a ser descoberto é seguinte:
Complete a lacuna desta frase:
Na mitologia grega o titã Atlas foi castigado por Zeus a suportar o peso do ............... nas costas. Com cinco letras.
(mundo) 
 
Paladar
Na sala do paladar o enigma a ser descoberto é seguinte:
Conforme sua formação acadêmica o ex-presidente FHC era um? Com nove letras.
(Sociólogo) 

Tato
Na sala do tato o enigma a ser descoberto é seguinte:
A segunda nota musical + a casa dos esquimós sem a letra “i” e a característica do inverno no hemisfério norte (plural). Dois sobre nomes.
(Reglus Neves)  

Depois de descobertos os cinco enigmas, surge diante deles um grande brócolis que fala o seguinte:

- Eu sou o Rei Brócolis Primeiro como vocês sabem eu já parti dessa para melhor. Meu neto Brócolis Terceiro está no meu lugar. Espero que ele esteja fazendo um bom trabalho.
O que vocês querem de mim? Já chega aquele gigante chato que vive perturbando meu descanso. (os PJs = Personagens Jogadores, falam com o rei brócolis).
Ele responde:
- Muito bem! Fizeram um ótimo trabalho até aqui, agora é só me dizer o nome da pessoa a quem procuram e eu a entregarei a vocês, para que voltem e salvem o pais dos vegetais.
(Paulo Reglus Neves Freire) 

Conclusão
Chegando em casa são recebidos pelo rei e pelos moradores do reino como heróis.
Vocês nos salvaram! Muito obrigado a todos. 
E assim todos vivem felizes para sempre.

Trabalho realizado com Tales, Juliana, Christian, Patricia, Eliane e Salete

quinta-feira, 24 de junho de 2010


Inclusão e educação Doze olhares sobre a educação inclusiva

Coleção: Educação
Autor(es): Windyz B. Ferreira Stephen R. Stoer Soraia Napoleão Freitas Natália Fernandes Maria Teresa Eglér Mantoan Manuel Jacinto Sarmento Luiza Cortesão Luís de Miranda Correia Júlio Romero Ferreira João Barroso Fátima Denari David Rodrigues Catarina Tomás Carlos Skliar António M. Magalhães
Assunto: Comunicação
Desenvolver uma escola que rejeite a exclusão e promova a aprendizagem conjunta e sem barreiras. Trata-se de um objetivo ambiciosoe complexo porque a escola sempre conviveu com a seleção, e só aparentemente é “para todos e para cada um”. Doze especialistas apresentam suas perspectivas sobre o tema, abrindo horizontes para que os professores reflitam sobre a sua prática.
Assunto(s) relacionado(s):
Educação Especial, Educação, Comportamento

Dia do Surdo





A comunidade Surda Brasileira comemora em 26 de Setembro o Dia do Surdo, data em que são relembradas as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania.A Federação Mundial dos Surdos já celebra o Dia Internacional a cada 30 de Setembro.


No Brasil o dia 26 de Setembro é celebrado devido ao fato desta data lembrar a inauguração da primeira escola para surdos no país em 1857, com nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro, atual INES - Instituto Nacional De Educação de Surdos.




Comunicação por Sinais

COMUNICAÇÃO GESTUAL

Existem várias formas de comunicação gestual : Português sinalizado; Libras; mímica; pantomima, alfabeto manual, comunicação total, bilingüismo e outros.

UNIVERSALIDADE
Ao contrário do que muitos pensam, a língua de sinais não é universal, nem mesmo a nível nacional existe uma padronização, inda mais em um país de grandes dimensões como o nosso. Em uma cidade como São Paulo podemos observar até certos "bairrismos". Grupos de surdos possuem sinais diferentes para uma mesma situação.

Em cada país a língua de sinais tem uma estrutura diferente, embora muito parecida. No Brasil a Libras, nos Estados Unidos o American Sign Language - ASL, e assim por diante. Só no continente africano temos 25 línguas gestuais. Em nossa américa são 21 - Geralmente chamadas de Lingua Gestual.

ALFABETO DE SINAIS
Você deve conhecer o alfabeto brasileiro de sinais. Embora muito utilizado, não pense que cada palavra numa comunicação com um surdo será feita desta forma, soletrada. Existem sinais para palavras inteiras e até para sentenças. Isto facilita e agiliza a comunicação, porém tais sinais devem ser utilizados dentro de uma estrutura - a Libras.
Também é muito comum observar sinais iguais para objetos ou palavras diferentes, mas isto não dificulta o aprendizado desta língua.
Existem pessoas treinadas para realizar o trabalho de INTÉRPRETES da Libras. Não é o bastante saber sinais, há de ser respeitado um código de ética e conduta, além de outros pontos que você aprende em curso próprio

APRENDA SINAIS
O aprendizado da língua de sinais é uma delícia. É surpreendente a riqueza desta língua e a facilidade de assimilação. A importância dela para o convívio com surdos, e a necessidade de familiares a dominarem para comunicação efetiva, faz com que a necessidade de aprender Libras aponte para cada um de nós.
Você pode aprender língua de sinais com professores Surdos, em igrejas, comunidades e escolas. Pode aprender também através do convívio com algum surdo. Tenha certeza que ele terá enorme prazer em ensiná-lo e toda a paciência do mundo.

Linguagem Brasileira de Sinais - LIBRAS




LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais



LIBRAS, ou Língua Brasileira de Sinais, é a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática semântica, pragmática sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental lingüístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. Foi na década de 60 que as línguas de sinais foram estudadas e analisadas, passando então a ocupar um status de língua. É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela lingüística. Pesquisas com filhos surdos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral como Segunda língua para os surdos.
Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas. A Língua de Sinais apresenta, por ser uma língua, um período crítico precoce para sua aquisição, considerando-se que a forma de comunicação natural é aquela para o qual o sujeito está mais bem preparado, levando-se em conta a noção de conforto estabelecido diante de qualquer tipo de aquisição na tenra idade.




Fatores de Riscos


Bebê - 0 a 28 dias
  • HISTÓRIA FAMILIAR - ter outros casos de surdez na família

  • INFECÇÃO INTRA-UTERINA - provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose

  • ANOMALIAS CRÂNIOS-FACIAIS - deformações que afetam a orelha e/ou o canal auditivo (p.ex.: duto fechado)

  • PESO INFERIOR A 1.500 GR AO NASCER

  • HIPERBILIRUBINEMIA - doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada bilirubina. Ele precisa tomar banho de luz e fazer exosangüíneo transfusão

  • MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS - uso de antibióticos do tipo aminoclicosídeos que podem afetar o ouvido interno

  • MENINGITE BACTERIANA - a surdez é umas das conseqüências possíveis quando o bebê tem este tipo de meningite

  • NOTA APGAR MENOR DO QUE 4 NO PRIMEIRO MINUTO DE NASCIDO E MENOR DO QUE 6 NO QUINTO MINUTO - Todo bebê quando nasce, recebe uma nota, composta por uma avaliação que inclui muitos fatores. Apgar era o nome do médico que inventou o teste. VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS - quando o bebê teve que ficar entubado por não conseguir respirar sozinho

  • OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - p.ex.: Síndrome de Down ou de Waldemburg
Criança- 29 dias a 2 anos
  • OS PAIS DEVEM OBSERVAR SE HÁ ATRASO DE FALA OU DE LINGUAGEM - aos 7 meses ele já deve imitar alguns sons; com 1 ano já deve falar cerca de 10 palavras e com 2 anos o vocabulário deve estar em torno de 100 palavras

  • MENINGITE BACTERIANA OU VIRÓTICA - esta é a maior causa de surdez no Brasil TRAUMA DE CABEÇA ASSOCIADA À PERDA DE CONSCIÊNCIA OU FRATURA CRANIANA MEDICAÇÃO OTOTÓXICA - uso de antibióticos do tipo aminoglicosídeos que podem afetar o ouvido interno

  • OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - por ex.: Síndrome de Down e de Waldemburg

  • INFECÇÃO DE OUVIDO PERSISTENTE OU RECORRENTE POR MAIS DE 3 MESES-OTITES
O Adulto
Além daqueles encontrados nas crianças, os adultos podem adquirir a surdez através de: uso continuado de aparelhos com fone de ouvido (I-Pod, MP3, etc). Trabalho em ambiente de alto nível de pressão sonora infecção de ouvido constante e acidentes.

NÍVEIS DE SURDEZ E APARELHOS

Pode-se dividir a perda auditiva em 5 categorias + Anacusia.
(conforme Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999)

Surdez leve:perda auditiva entre 25db e 40db
Surdez moderada:perda auditiva entre 41db e 55db
Surdez acentuada:perda auditiva entre 56db e 70db
Surdez severa:perda auditiva entre 71db e 90db
Surdez profunda:perda auditiva acima de 91db

db=decibéis
Anacusia: este termo significa falta de audição, sendo diferente de surdez, onde existem resíduos auditivos. Audição Considerada Normal - perda entre 0 a 24 db nível de audição.






Integração e Inclusão



A indiferenciação entre os significados específicos dos processos de integração e inclusão escolar reforça ainda mais a vigência do paradigma tradicional de serviços e muitos continuam a mantê-lo, embora estejam defendendo a integração!
Ocorre que os dois vocábulos - integração e inclusão - conquanto tenham significados semelhantes, são empregados para expressar situações de inserção diferentes e têm por detrás posicionamentos divergentes para a consecução de suas metas.
Vamos analisar inicialmente o termo integração e sua aplicação ao domínio escolar.



A Integração



A integração escolar tem sido compreendida de diversas maneiras. O uso do vocábulo "integração" é encontrado até mesmo para designar alunos agrupados em escolas especiais para pessoas com deficiência, ou mesmo em classes especiais, grupos de lazer, residências para deficientes.
O número crescente de estudos referentes à integração escolar e o emprego generalizado do termo têm levado a muita confusão a respeito das idéias que cada caso encerra.
Por tratar-se de um constructo histórico recente, que data dos anos 60, a integração escolar sofreu a influência dos movimentos que caracterizaram e reconsideraram outras idéias, como as de escola, sociedade, educação.
Os movimentos em favor da integração de crianças com deficiência surgiram nos países nórdicos (Nirje, 1969), quando se questionaram as práticas sociais e escolares de segregação, assim como as atitudes sociais em relação às pessoas com deficiência intelectual.
A noção de base em matéria de integração é o princípio de normalização, que não sendo específico da vida escolar, atinge o conjunto de manifestações e atividades humanas e todas as etapas da vida das pessoas, sejam elas afetadas ou não por uma incapacidade, dificuldade ou inadaptação.
A normalização visa tornar accessível às pessoas socialmente desvalorizadas condições e modelos de vida análogos aos que são disponíveis de um modo geral ao conjunto de pessoas de um dado meio ou sociedade; implica a adoção de um novo paradigma de entendimento das relações entre as pessoas fazendo-se acompanhar de medidas que objetivam a eliminação de toda e qualquer forma de rotulação.
Integrar-se no mainstreaming, ou seja, na "corrente principal" é fazer parte do alunado escolar, ou seja, ter acesso à educação. Pela integração escolar, o aluno tem acesso às escolas através de um leque de possibilidades educacionais, que vai da inserção às salas de aula do ensino regular ao ensino em escolas especiais.
O processo de integração se traduz por uma estrutura educacional intitulada sistema de cascata, que oferece ao aluno a oportunidade, em todas as etapas da integração, de transitar no sistema escolar, da classe regular ao ensino especial. Trata-se de uma concepção de inserção parcial, porque a cascata prevê serviços segregados.
Os alunos que se encontram em serviços segregados muito raramente se deslocam para os menos segregados e, raramente, às classes regulares.
A crítica mais forte ao sistema de cascata e às políticas de integração desse tipo recai sobre a afirmação de que a escola oculta seu fracasso, isolando os alunos e só integrando os que não constituem um desafio à sua competência ( Doré et alii.,1996).
Nas situações de integração, nem todos os alunos cabem e os elegíveis para a inserção no ensino regular são os que foram avaliados por instrumentos e profissionais supostamente objetivos.
O sistema se baseia na individualização dos programas instrucionais, os quais devem se adaptar às necessidades de cada um dos alunos, com deficiência ou não.


A Inclusão



A outra opção de inserção é a inclusão, que questiona não somente as políticas e a organização da educação especial e regular, mas também o conceito de integração.
A noção de inclusão é incompatível com a de integração e institue a inserção escolar de forma radical, completa e sistemática.
O conceito se refere à vida social e educativa e todos os alunos, sem exceções, devem freqüentar as salas de aula do ensino regular.
O vocábulo "integração" é substituído, uma vez que o objetivo da integração escolar é inserir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos.
A meta primordial da inclusão, ao contrário, é a de não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo.
As escolas inclusivas propõem um modo de organização do sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em função dessas necessidades.
A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral.
O impacto desta concepção é considerável, porque ela supõe a abolição completa dos serviços segregados (Doré et alii. 1996).
A metáfora da inclusão é a do caleidoscópio. Esta imagem foi muito bem descrita no que segue:
"O caleidoscópio precisa de todos os pedaços que o compõem. Quando se retira pedaços dele, o desenho se torna menos complexo, menos rico. As crianças se desenvolvem, aprendem e evoluem melhor em um ambiente rico e variado" (Forest et Lusthaus, 1987 : 6).
A inclusão propicia a criação de inúmeras maneiras de se ministrar a educação escolar a alunos com deficiência, nos sistemas de ensino regular, como as "escolas heterogêneas" (Falvey et alii., 1989), as "escolas acolhedoras" (Purkey et Novak, 1984), os "currículos centrados na comunidade" (Peterson et alii.,1992), as "escolas abertas ás diferenças" ( Mantoan, 1993) e outras.
Resumindo, a integração escolar, cuja metáfora é a cascata, é uma forma condicional de inserção em que vai depender do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às opções do sistema escolar, a sua integração, seja em uma sala regular, uma classe especial, ou mesmo em instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que quase tudo se mantém, quase nada se questiona do esquema escolar em vigor.
Ja a inclusão institui a inserção de forma incondicional, radical, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou grupo de alunos que não foram anteriormente excluídos.
A meta da inclusão é, desde o início, não deixar ninguém fora do sistema escolar, o qual terá de se adaptar às particularidades de todos os alunos para concretizar a sua metáfora - o caleidoscópio.
Mudam as escolas e não os alunos, para terem o direito a freqüentas-la, nas salas de aulas do ensino regular.

Observações



Estratégia de Saúde da Família:
A origem do Programa Saúde da Família ou PSF, teve início, em 1994, como um dos programas propostos pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção básica. O PSF é tido como uma das principais estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de assistência, promoção da saúde , prevenção de doenças e reabilitação. Traz, portanto, muitos e complexos desafios a serem superados para consolidar-se enquanto tal. No âmbito da reorganização dos serviços de saúde, a estratégia da saúde da família vai ao encontro dos debates e análises referentes ao processo de mudança do paradigma que orienta o modelo de atenção à saúde vigente e que vem sendo enfrentada, desde a década de 1970, pelo conjunto de atores e sujeitos sociais comprometidos com um novo modelo que valorize as ações de promoção e proteção da saúde, prevenção das doenças e atenção integral às pessoas. Estes pressupostos, tidos como capazes de produzir um impacto positivo na orientação do novo modelo e na superação do anterior, calcado na supervalorização das práticas da assistência curativa, especializada e hospitalar, e que induz ao excesso de procedimentos tecnológicos e medicamentosos e, sobretudo, na fragmentação do cuidado, encontra, em relação aos recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS), um outro desafio. Tema também recorrente nos debates sobre a reforma sanitária brasileira, verifica-se que, ao longo do tempo, tem sido unânime o reconhecimento acerca da importância de se criar um "novo modo de fazer saúde".
Atualmente, o PSF é definido com Estratégia Saúde da Família (ESF), ao invés de programa, visto que o termo programa aponta para uma atividade com início, desenvolvimento e finalização. O PSF é uma estrátégia de reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para finalizar esta reorganização.
No Brasil a origem do PSF remonta criação do PACS em 1991, como parte do processo de reforma do setor da saúde, desde a Constituição, com intenção de aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e incrementar as ações de prevenção e promoção da sáude. Em 1994 o Ministério da Saúde, lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter organizativo e substitutivo, fazendo frente ao modelo tradicional de assistência primária baseada em profissionais médicos especialistas focais. Atualmente, reconhece-se que não é mais um programa e sim uma Estratégia para uma Atenção Primária à Saúde qualificada e resolutiva.
Percebendo a expansão do Programa Saúde da Família que se consolidou como estratégia prioritária para a reaorganização da Atenção Básica no Brasil, o governo emitiu a Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006, onde ficava estabelecido que o PSF é a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a atenção básica — que tem como um dos seus fundamentos possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade, reafirmando os princípios básicos do SUS: universalização, equidade, descentralização, integralidade e participação da comunidade - mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários.
Como conseqüência de um processo de des_hospitalização e humanização do Sistema Único de Saúde, o programa tem como ponto positivo a valorização dos aspectos que influenciam a saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar.


Contribuição da Técnica de Enfermagem Eunice Dias

Centro de Saúde Santa Marta
Endereço: Rua Capitão Montanha n°27 - Centro, Porto Alegre / RS
Horário de atendimento:
De segunda a sexta, das 7h às 17h.Vacinação: De segunda a sexta, das 8h às 12 e das 13h às16h.
Telefone:(51) 3226-5002

Observação na Escola:
Esta observação foi realizada em uma Escola de Ensino Fundamental (1º ao 4º ano) da rede municipal de Alvorada, onde estão matriculados Aprox. 500 alunos, em um dia em que a seleção Brasileira de futebol jogaria sua 1ª partida na copa do mundo 2010 (15/06/10) uma terça-feira, os alunos do turno da tarde estariam dispensados da aula e por conta disso a direção da escola aceitou que fizéssemos uma visita as instalações da escola para observar suas estruturas e condições de acessibilidade para alunos com alguma NEE, tendo a companhia de uma professora do 3º ano do ensino fundamental.
Enquanto conhecíamos a escola conversávamos com a professora que se mostrou muito disposta a nos ajudar em nossa pesquisa e também a realizar seu trabalho da melhor maneira possível utilizando para isso materiais que a escola dispunha em sua modesta porém bem organizada sala de recursos.
Estes materiais (jogos pedagógicos, livros, etc.) assim como a sala de recursos de modo geral estavam muito bem conservados, um pouco devido a falta de um aluno com alguma NEE naquele momento (ano letivo) na escola, a professora nos disse que durante o período em que ela trabalha na escola (aprox. 4 anos) já passaram pela escola dois alunos com NEE, um com deficiência auditiva (moderada) e um cadeirante.
Confidenciou-nos ainda que devido às poucas séries existentes na escola já houve casos de pais que preferiram matricular seus filhos em outras escolas que mesmo menos "aparelhadas", contemplavam até o ensino médio e foram escolhidas por causa do temor dos pais de terem de mudar seus filhos de escola após o 4º ano e estes terem de passar por uma nova adaptação.
Barreiras arquitetônicas que impedissem a passagem de alunos com alguma dificuldade em determinados locais existem poucas, porém também existem caminhos alternativospara que alunos com qualquer necessidade possam chegar a todas as partes da escola.
Não nos foi permitido ter em mãos o P.P.P. da escola nem assistir a uma aula, por entenderem (a direção da escola) que uma professora para nos auxiliar na visita e disposta a responder as nossas perguntas, seria o suficiente para que sanássemos nossas dúvidas. Não há nenhum projeto realizado em conjunto com postos de saúde a não ser em algumas campanhas isoladas de vacinação ou higiene bucal.

Projeto de Educação e Saúde - Christian, Juliana e Tales

Título:
“Compreender as Dificuldades para Promover as Aprendizagens.”

Escola:
Escola Municipal de Ensino Fundamental Educar para a Vida

Turmas envolvidas:
1º à 4º ano, manhã e tarde.

Justificativa:

Detectar dificuldades auditivas apresentadas pelos alunos que possam diminuir suas capacidades de entendimento das atividades propostas pelo educador e dificultar as aprendizagens. A escolha do tema foi definida para dar continuidade a um projeto de Educação Inclusiva que será desenvolvido nesta disciplina em conjunto com as disciplinas de NEEs e Educação e Corporeidade.

Objetivo Geral:
Trazer para dentro do ambiente escolar, estudantes de nível superior para que se desenvolvam projetos que possam facilitar o trabalho dos professores regulares, o trabalho poderá ser realizado em diferentes seguimentos que englobem as áreas sociais e de saúde, para isso serão desenvolvidas atividades psicomotoras a fim de diagnosticar possíveis dificuldades que os alunos possam apresentar em seu aprendizado, facilitando o processo de socialização e aprendizagem, que juntamente com a proposta pedagógica desta escola irão colaborar para o desenvolvimento físico e cognitivo e social dos alunos. Neste projeto seria trabalhado o curso e fonoaudiologia, embora estudantes de outros cursos possam fazer parte do projeto.

Objetivos Específicos:
Promover a avaliação da capacidade auditiva e de linguagem dos alunos para contribuir na promoção da saúde e na aprendizagem.

Metodologia:
Primeiramente será feita uma seleção entre alunos dos cursos envolvidos para isto serão enviados emails a coordenadores de cursos de diferentes instituições de ensino superior a fim de que os voluntários se candidatem as vagas, tendo como pré- requisito estar cursando no mínimo o 4º semestre dos cursos de Educação Física ou Fonoaudilogia. Serão selecionados quatro alunos de cada curso para que se formem quatro duplas, com um aluno de cada, sendo que duas duplas irão trabalhar no turno da manhã e duas no turno da tarde. Cada dupla irá desenvolver o projeto em duas turmas diferentes, desenvolvendo um plano de aula por semana para cada turma em conjunto com o professor nas aulas de Educação Física. Os recursos utilizados neste projeto serão escolhidos pelos estagiários conforme a elaboração dos planos de aula.
O projeto proporcionará ao voluntário um certificado de 50 horas, pelo estágio voluntário não remunerado.
Para exemplificar este projeto realizaremos uma atividade, na qual a turma irá escutar e dançar uma música que aos poucos terá seu volume diminuído e assim que cada aluno não estiver mais escutando a música perfeitamente irá parar de dançar, deste modo poderemos detectar aqueles alunos com maior dificuldade auditiva. Nesta atividade iremos utilizar um reprodutor de som.

Redes de apoio:
Instituições de Ensino Superior

Avaliação:
A avaliação dos alunos será bimestral e feita pelo professor levando em conta o trabalho realizado pelos estagiários.
Os estagiários serão avaliados através de relatórios de estágio entregues mensalmente e um relatório de conclusão no término do projeto.

Cronograma:

Planejamento de Aula de Educação Física - Christian, Juliana e Tales

Dados de identificação:
Professores: Christian Tedesco Venzon, Juliana de Araújo e Tales Bittencourt
Escola: “Nós PedagogOS e ela”
Turma: 41
Série: 4º ano do Ensino Fundamental
Data: 11/06/2010

Objetivo:
Estimular o trabalho cooperativo, os sentidos do tato e da visão e aprimorar a atenção e as habilidades motoras.

Recursos:
Garrafas Pet, Tesoura, Fitas Coloridas, Sacolas Plásticas e Balões.

Organização Programática do Tempo de Aula:
Começaremos a aula com uma atividade de aquecimento, chamada “circuito da peteca”.
(tempo aproximado: 5 minutos)
Como atividade principal seram realizadas as atividades denominadas "Corrida da Peteca" e “Dominó Humano”.
(tempo aproximado: 30 minutos).
Para encerrar a aula de forma tranqüila será proposta a turma um “Jogo de Mímica”.
(tempo aproximado: 10 minutos)

Nas próximas duas atividades a turma irá utilizar petecas construídas com materiais reciclados.

Circuito da Peteca:
Os professores estarão posicionados em diferentes cantos da quadra de forma triangular a fim de formar um circuito para que os alunos(as) percorram ao mesmo tempo em que rebatem as petecas jogadas pelos professores, porém deverão rebater alternando as mãos (direita e esquerda).Esta atividade será realizada individualmente.

Atividades Principais

Corrida da Peteca:
Os alunos irão se dividir em duas equipes, e estarão localizados no meio da quadra, enquanto os professores estarão posicionados, dois a frente dos alunos sobre a linha de fundo e um atrás dos alunos também sobre a linha de fundo.
Os alunos devem correr até os professores posicionados a sua frente para rebater as petecas jogadas por eles e após retornar ao final da fila.
Ganha o time em que o último aluno da fila após rebater três vezes a peteca toque a mão do professor que estará posicionado sobre a linha de fundo atrás das duas filas.

Dominó Humano
Nesta atividade a turma irá utilizar pulseiras coloridas com cinco cores diferentes, construídas commateriais reciclados
Cada aluno receberá um par de pulseiras coloridas representando as peças de um dominó. (Cinco pares com as cores iguais, porém um par de cada cor e o restante com combinações entre elas todas diferentes, ao todo são 15 peças)
Os alunos irão representar dois jogos de dominó, um que resulte em uma corrente e outro um circulo, para isso terão que unir suas mãos conforme seus pares de cores iguais as suas, assim como em um jogo de dominó em que só poderão se unir as peças com as extremidades iguais.

Volta à calma:
Os alunos estarão sentados de frente para os professores, onde um professor terá um saco com cartelas contendo temas variados para um jogo de mímica. Os alunos serão chamados aleatoriamente para retirar uma cartela do saco e interpretar apenas com mímicas a cartela para os colegas. Ao final da volta à calma, todos sentarão em círculo e poderão compartilhar as suas vivencias, bem como os seus sentimentos nas atividades propostas na aula do dia.

FOTOS

Trabalho Necessidades Educativas Especiais - Juliana e Tales




Título Original:Mr. Holland

Gênero:Drama

Duração:02 hs 20 min

Ano de Lançamento:1995

Estúdio:Interscope Communications / PolyGram Filmed Entertainment / Hollywood
Pictures

Distribuidora:Buena Vista Pictures

Direção: Stephen Herek

Roteiro:Patrick Sheane Duncan

Produção:Robert W. Cort, Ted Field e Michael Nolin

Música:Michael Kamen

Fotografia:Oliver Wood

Direção de arte:Dina Lipton

Figurino:Guerard Rodgers

Edição:Trudy Ship

Efeitos especiais:Pacific Titles & Optical

Em 1964 um músico (Richard Dreyfuss) decide começar a lecionar, para ter mais dinheiro e assim se dedicar a compôr uma sinfonia. Inicialmente ele sente grande dificuldade em fazer com que seus alunos se interessem pela música e as coisas se complicam ainda mais quando sua mulher (Glenne Headly) dá luz a um filho, que o casal vem a descobrir mais tarde que é surdo. Para poder financiar os estudos especiais e o tratamento do filho, ele se envolve cada vez mais com a escola e seus alunos, deixando de lado seu sonho de tornar-se um grande compositor. Passados trinta anos lecionando no mesmo colégio, após todo este tempo uma grande decepção o aguarda.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Esquete Paciente Impaciente, Condições do SUS

1 Paciente (P)..........................................Tales
2 Médicos (CG,E)....................................Christian
3 Pessoas na fila.....................................Jú, Paty e Lili
1 Recepcionista (R).................................Paty
1 Anestesista (A).....................................Lili
1 Esposa do paciente (EP).......................Jú

Roteiro:
P- Comenta com a esposa que esta sentindo uma dor na perna
EP- Diz para ele procurar um médico
P- Passa a noite na fila para retirar uma ficha para consulta com clínico geral
R- Marca a consulta com clínico geral para dali 2 meses
P- (2 meses depois) Fala com o clínico geral
CG- Examina e encaminha o paciente para um especialista
P- Passa a noite na fila para retirar uma ficha para consulta com especialista
R- Marca a consulta com especialista para dali 3 meses
P- (3 meses depois) Fala com o especialista
E- Examina e pede alguns exames ao paciente
P- Passa a noite na fila para retirar uma ficha para marcar exames
R- Marca exames para dali 1 mês
P- Retorna ao especialista com os exames
E- Faz o diagnóstico e marca cirurgia para amputação da perna para dali 1 mês
P- Passa a noite na fila para fazer a cirurgia por ordem de chegada e em jejum
R- A cirurgia irá atrasar por falta de anestesista mas devem permanecer em jejum
A- Pede desculpa pois se atrasou na clínica particular onde trabalha
E,A,P- Fazem a cirurgia de amputação
E- Vai ao quarto informar o paciente sobre a cirurgia, que foi realizada com sucesso, porém amputaram a perna errada
P- Reclama e se revolta com o médico
E- Diz não ter culpa pois o erro foi de quem preencheu o prontuário do paciente e além disso a parte dele ele fez muito bem
P- O paciente concorda com o médico por achar que ele tem “estudos” e deve estar certo.
FIM.

terça-feira, 22 de junho de 2010